Poesia, prosa e outros textos

Um dos dois renuncia ao amor Outro sofre, se desespera... Mas não é murchando uma flor Que vai se acabar a primavera

Minha vida é uma festa quando me visitas Luzes de néon se acendem por todo lado Ganho inspiração que dá inveja aos artistas E um amor que não sabe o que é pecado

Bom dia para você que acordou para a vida Notou que o céu está azul e o sol radia alegremente Que a paz esteja consigo e se alastre para a tua gente Que não falte amor, amizade, muito menos comida

Preciso repousar o meu coração Teu domínio sobre mim não me agrada Pensar só em ti e em mais nada Quase me leva à degradação

Esperando o verde sinal para avançar Com os nervos da pele em flor a arrepiar Se me levar mais tempo do que posso esperar Sou capaz de algumas leis violar

Como pode esse amor ser tão resistente? Entre obstáculos e ataques, poder seguir em frente? Esta força que eu tenho é maior do que eu pensava Pois, de contrário, eu contigo já não estava

Quando as forças dos meus braços se esgotarem por alguma razão Quando o meu coração parar de bater por um motivo que não sei Minh’alma for arrebatada para uma outra dimensão Continuarei a te amar como eu sempre te amei

Há amores que não são livres como as aves Nem legais como as leis que o homem inventa São amores que brotam em terras não aráveis Cuja bênção a si dada não é tanta   Mas são amores como os outros que se sente E precisam ser mais fortes para resistir Esses amores de cabeça fria e peito quente São mais amores do que a gente quer admitir

Apenas eu sei o quanto me custa passar sem ti Ninguém me pode convencer que há pouco te vi Porque a minha saudade diz que foram séculos atrás E um temor sussurra que não hei-de te ver mais

Nosso amor desfilou pelas ruas da capital Com a mesma folia alegre do carnaval A cantarmos as canções que contam a nossa história E a relembrar os bons momentos guardados na memória

Tudo passa em mim como as águas de um riacho O mundo corre a mil e nesse tempo eu não me encaixo Fico no mesmo lugar onde me deixaste um dia A viver da esperança e da promessa de que voltarias

És tudo de bom que existe e que ainda se vai inventar És a bênção que caiu em mim se eu rezar És a ilha dourada para o meu veleiro atracar És o amor, a realidade que eu nem pude sonhar

Quem dança dos seus males descança Descarrega de si pesadas lembranças A cada passo que recua ou avança É um pouco mais de paz que alcança

Eu te acho em detalhes tão pequenos Alguns que a princípio não têm significado Como num fio de cabelo que tenha ficado Eu te acho em lugares que nunca estivemos

Quando oro em teu nome milagres acontecem Os enfermos e endemoninhados não mais padecem Azares e maldições migram para longe És o mantra Om na voz de um monge

Há tempos bons e há tempos maus Tanto para navios como para naus Há dias de sol e há dias de chuva Tanto para desertos como para água turva   Uma vida prospera, outra se desventura Uma alma adoece, outra acha cura Um caminho nasce no meio do matagal E morre mais um pouco da vida vegetal   Uma família nasce e a família cresce O gráfico da economia lá desce São tempos bons e tempos maus São os dois sentidos dos degraus

Eu sei que tenho este jeito esquisito de ser Que tenho gestos e atitudes difíceis de entender Que o meu jeito de amar não se iguala ao de terceiros Mas é amor. E posso te garantir que é verdadeiro

É por amor que a terra gira e tem as estações do ano É por amor que o mundo tem vida: o ser humano É de amor essa relação sólida entre os planetas É por amor que a lua brilha e inspira os poetas

Vou deixar bem explícito meu recado Do muro da tua casa até a casa ao lado Em letras garrafais com spray dourado Eu quero ser teu namorado