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Poema Bipolar

 Parte de mim quer sossego Deixar-se descasar no conforto do desapego Outra parte anseia por adrenalina Atirar-se para um precipício que não termina Por isso transito entre o fogo e o gelo Entre Munch e Michaelangelo, o tambor e a lira Entre a pele seca e a que transpira Entre o que há de horror e o mais belo Sou bipolar? Talvez. Não me decidi Temperamental é como me chamam por aí Mas ninguém vive as mortes que eu morri E ninguém morre as vidas que eu vivi

Mil Perdões

  Pelos dias que te embelezaste e não elogiei Pelos beijos que, ao sair de casa, não dei Mil perdões, amor Pelos sinais e indirectas que não percebi Pelas datas especias que eu esqueci Mil perdões, amor Pelas saídas à lugares que não quis Pelos pedidos de perdão que não fiz Mil perdões, amor Pelas promessas feitas e não cumpridas Pelo que faltou ou teve demais nas nossas vidas Mil perdões, amor Pelos erros que ainda serão cometidos Pelos pretos e brancos que seriam coloridos Mil perdões, amor Mil perdões

Santo da Mal Amada

 Meu talento é ser o santo da mal amada Curá-la com beijos as feridas da agressão Lembrá-la de quão belos seus olhos são Para que as mágoas não a vençam por nada Nasci com os ombros feitos para consolar Com os braços à medida dessa tristeza Que ela sente quando o amor a despreza Quando caem sobre si as paredes do lar Tenho as canções de ninar um coração partido As graças que trazem o riso ao lugar do pranto Da conversa casual eu sei fazer um acalanto Dos dramas da sofrida faço um filme divertido