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A mostrar mensagens de 2013

Há musicalidade nas palavras que proferes No tom exacto que a meus ouvidos agrada Há dança nos teus gestos: a valsa, a lambada… Há suavidade das pétalas dos malmequeres

Soneto de Amores

Um amor, quando dormente em vias perdidas A prender o seu inquieto grito de afã Pode assim permanecer por enésimas vidas Ou deixar-se explodir logo à manhã Um amor ensimesmado; da sorte a lamentar-se Sem graça a receber e sem a quem dar-se Amargas fases e doloridas pode suportar Ou, de desespero, tanto vir a se quebrar Um outro amor que é bem-aventurado Cuj’alma tem também seu bem-amado Por uma eternidade pode bem saber Ou, sem muito viver, cair e desfalecer Pode ser amor enquanto viver Pode ser dor paga por algum pecado

Descuidada

Brincou com o meu coração de menino Descuidada que é acabou por quebrar E, por ser de carne e tão pequenino O coração será impossível consertar

Lua e Fado

Agora que se foi o sol para outro lado Deixa-me confessar-te ó lua cheia Se, durante o dia eu não canto o fado, É porque o sol não me inspira tal ideia

Princesa dos Campos Abertos

Tão fria que és, tal é um iceberg Não há vivalma que a ti se apegue Amarga no olhar, aguçada no que dizes Os que se tornam amigos teus, em breve, infelizes Que mágoas te fazem tão vazia de amor? Que estradas ínvias calejam teu humor? Nada sobra daquela que conheci sadia A esbanjar sorrisos e a estoirar de alegria Volta princesa dos campos abertos Volta a viver como antes vivias Não deixe os teus jardins virem a ser desertos Quem não te soube, só assim te saberia

Eu te Amo

Contigo distante, toda a beleza é camuflada O que era muito e exagerado ,em instantes torna-se nada Esqueço-me de mim. Já nem sei como me chamo A única certeza que me resta é que eu te amo

Cuidado

O mal do bem é quando o tempo muda No caminho do santo aparece o Judas Então, cuidado com o que tem cara de ajuda A sorte não é cega. Não te iludas