Uma gota do teu sangue no tubo de ensaio Que é para pesquisar o que há em ti Que me deixa atónito e quase senil Aos teus modos onde sempre caio Um fio do teu cabelo na palhota da avó Que é para descobrir se há magia Nesse olhar invasivo que vicia Faz um coração de pedra ser de pó Sobras de tuas unhas cortadas Eu levo ao caldeirão de um mestre Que as cozinha com erva silvestre E me dá de beber às umas das madrugadas Eu pergunto à ciência, à alquimia, à religião O que tens que me rouba os sentidos Quais segredos tens aí escondidos A fazem-me ser de ti, mas das outras não