Essas Paixões

 O que se há-de fazer contra uma paixão que, de tão avassaladora, transpõe-se às barragens que o bom senso constrói, na ingénua intenção de evitar as tragédias que dessas paixões surgem?!

São desmedidas paixões. Já brotam frondosas, imprevisilmente tempestuosas. Não crescem, já nascem grandes!

O que se faz contra um monstro cujo golpe, antes que se sinta a dor, já feriu e destruiu tudo que há em volta?

Paixões desse tipo deseja-se ao inimigo, para que o próprio se mate sem o nosso esforço.

Aos amigos quer-se paixões maisomenadas. Aquelas que têm preguiça de ir além do que já são. Tão serenas e contidas, que não se importam de existir e permanecer por longos anos.

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